Revista Dignidade

Sumário

EDITORIAL

Quando a solidariedade vence o medo se faz dignidade
Cármen Sílvia S. de Quadros

REFLEXÕES

Padecimento no trabalho uma história sem fim?
Lúcia Teodoro Viana
Dignidade e violência moral no trabalho
Maria Benigna Arraes de Alencar Gervaiseau
O Assédio Moral no Trabalhador Lesionado
Jefferson Benedito Pires de Freitas
Uma reflexão sobre o Assédio Moral
Roberto Heloani

DEPOIMENTOS

Relato de uma experiência vivida
Valério Camara
Assédio Moral, estratégias de gestão e relações de poder
Lis Andréa Pereira Soboll
Assédio Moral- Fator de risco na relação de trabalho nas organizações
André Luiz S. Aguiar

ESPECIAL

Estórias que fazem história
Margarida Barreto

JURÍDICO

Responsabilidade social das empresas
Luiz Salvador
A criminalização do Assédio Moral
Ricardo Antonio Andreucci
Servidor público e Assédio Moral
Letice Santos de Sá e Benevides

DESAFIOS E RESPONSABILIDADES

Divulgando e discutindo a Assédio Moral no nordeste
Luis Saraiva Neves
Oportunidade para os oportunistas
Oscar Gomes da Silva
Os Impactos do Trabalho na Saúde da Mulher e o Direito à Intimidade
Ana Soraya Villasboas Bonfim

PANORAMA

Nacional e internacional

Informações e vendas:

Sindicato dos Químicos e Plásticos de São Paulo e região
Rua Tamandaré, 348 – Liberdade
CEP: 01525-000
São Paulo – SP
Fones: (11) 3209-3811 ramal 216 e 217 – falar com Nair ou Katia

O sentido social do suicídio no trabalho

Texto integralResumo Este artigo objetiva debater a ocorrência, na sociedade, de suicídios com vínculo explícito ou suposto com o trabalho. Se, ao longo da história, tais fatos eram registrados entre ocupações que lidavam cotidianamente com situações difíceis como bombeiros, policiais, carcereiros e enfermeiros, mais recentemente estes têm sido observados em ocupações diferenciadas, quais sejam: as expostas a lógicas de gestão pautadas pela individualização na avaliação, pela organização do trabalho, regulada crescentemente pela máxima qualidade da produção e pelo intenso processo de terceirização. Tais fenômenos têm evidenciado precarização e degradação das condições de trabalho como causa do surgimento de novas patologias e, entre elas, o suicídio, no trabalho. Palavras-chave: suicídio, trabalho, organização do trabalho, reestruturação produtiva.

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Discriminación por maternidad en el empleo y acoso sexual

Texto integralResumen Em Argentina, las modificaciones legislativas han ido restrindiendo los derechos de las trabajadoras en relación con el periodo de embarazo y la maternidad. Tanto la normativa internacional como los tratados y convenciones con jerarquía constitucional permiten a las trabajadoras, ante esta discordancia entre normas internas e internacionales, acudir a la jurisdicción invocando derechos que las amparan, y eventualmente reclamar al Estado argentino por incumplimiento de obligaciones asumidas frente a la comunidad internacional. Por su parte, el acoso secual constituye un grave acto de intimidación, coacción y violencia que ignora y desprecia la voluntad de las personas afectadas, por lo que es necesario que se sancione una norma que prevea las formas, posibilidades y ámbitos en los cuales pueda tipificarse el acoso sexual y se establezcan mecanismos tendentes a proteger a las víctimas de estas formas de violencia y discriminación repudiadas por la sociedad.

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Relações de poder e violências: um estudo sobre a Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina

Texto integralEsta investigação objetiva compreender e problematizar as violências que transversalizam as relações de poder em três Diretorias que compõem a estrutura organizacional da Secretaria de Estado da Educação de santa Catarina – SED, de 2007 a 2010. A delimitação do período justifica-se em razão de 2007 ser o ano em que houve a última reforma administrativa empreendida pelo governo Luiz Henrique da Silveira, e que está atualmente em vigor, e, 2010, o ano em que encerrou a gestão do Secretário Paulo Bauer. A fundamentação teórica é apoiada principalmente nas contribuições de Michel Foucault, Ana Maria Borges de Sousa e Michel de Certeau. As fontes que constituem a base empírica são questionários, entrevistas, documentos oficiais e documentos de circulação interna da Secretaria de Educação. No primeiro capítulo, foram analisados os interesses e consequências decorrentes da inexistência de um quadro de pessoal na SED, a confusão em torno do papel do educador que atua neste espaço e as violências presentes na política de gratificações. No segundo capítulo a reflexão debruçou-se sobre as práticas que ornamentam o assédio moral, os limites e contradições da gestão praticada na SED, as violências que forjam o distanciamento entre os sujeitos que pensam as ações e aqueles que as executam, as condições de trabalho e a problemática em torno da descontinuidade das ações. Em síntese, a pesquisa apresenta elementos sobre a temática das relações de poder e das violências, entendendo-as como fenômenos complexos, multifacetados, ambíguos e paradoxais, que não se pode explicar através da lógica maniqueísta, sendo praticadas e sofridas por aqueles que constituem a SED. Nesse sentido, as manifestações de violências coexistem com um processo de pequenas revoluções expressas nas formas de organizar o trabalho, na conquista de espaços, na busca e na exigência de autonomia, no prazer de estar junto e na construção do conhecimento realizado na coletividade. Palavras-chave: Secretaria de Estado da Educação. Relações de Poder. Violências. Santa Catarina

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Representações na mídia impressa sobre o assédio moral no trabalho

Texto integralAquele chefe que já fez você chorar no banheiro pode ser mais prejudicial à sua saúde do que parece. Assim a mídia escrita principia, no Brasil, a abordagem do tema assédio moral. No amplo cardápio de situações de violência relacionadas ao trabalho, a violência psicológica ganhou visibilidade e interesse de pesquisadores e estudiosos, dos sindicatos, dos trabalhadores e das empresas. Realizamos um estudo exploratório baseado na coleta de fontes primárias referentes ao assédio moral no trabalho, no qual foram estudadas as matérias jornalísticas sobre o tema, veiculadas em três jornais de grande circulação do Estado de São Paulo, no período de 1990 a 2008. A partir da metodologia de análise do discurso foram reconhecidas as práticas discursivas que configuram o fenômeno do assédio moral na sociedade atual, as explicações para sua ocorrência e a repercussão para a saúde dos trabalhadores. O surgimento do tema nos veículos de comunicação deu-se por meio da divulgação de livros, de produções acadêmicas e de legislações sobre o assédio moral. Ocorreu em editorias que tratam de assuntos gerais e, posteriormente, migrou para as editorias de emprego e/ou de caráter econômico-financeiro. O tratamento do tema ganha contornos de alerta relacionado às indenizações judiciais. A terminologia assédio moral tem se firmado relacionada ao trabalho e carece de conceito preciso. As explicações causais tendem a uma interpretação psicológica do fenômeno, acentuando o caráter individualista e privilegiando a relação pessoal, minimizando uma abordagem coletiva. Os discursos banalizam o assédio ao criar caricaturas para os envolvidos. O caráter psicologizante versus a estigmatização produz sentido na sociedade contribuindo para naturalizar o assédio moral no trabalho, compreendido como uma forma de violência no trabalho.

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