O sentido social do suicídio no trabalho

Texto integralResumo Este artigo objetiva debater a ocorrência, na sociedade, de suicídios com vínculo explícito ou suposto com o trabalho. Se, ao longo da história, tais fatos eram registrados entre ocupações que lidavam cotidianamente com situações difíceis como bombeiros, policiais, carcereiros e enfermeiros, mais recentemente estes têm sido observados em ocupações diferenciadas, quais sejam: as expostas a lógicas de gestão pautadas pela individualização na avaliação, pela organização do trabalho, regulada crescentemente pela máxima qualidade da produção e pelo intenso processo de terceirização. Tais fenômenos têm evidenciado precarização e degradação das condições de trabalho como causa do surgimento de novas patologias e, entre elas, o suicídio, no trabalho. Palavras-chave: suicídio, trabalho, organização do trabalho, reestruturação produtiva.

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Discriminación por maternidad en el empleo y acoso sexual

Texto integralResumen Em Argentina, las modificaciones legislativas han ido restrindiendo los derechos de las trabajadoras en relación con el periodo de embarazo y la maternidad. Tanto la normativa internacional como los tratados y convenciones con jerarquía constitucional permiten a las trabajadoras, ante esta discordancia entre normas internas e internacionales, acudir a la jurisdicción invocando derechos que las amparan, y eventualmente reclamar al Estado argentino por incumplimiento de obligaciones asumidas frente a la comunidad internacional. Por su parte, el acoso secual constituye un grave acto de intimidación, coacción y violencia que ignora y desprecia la voluntad de las personas afectadas, por lo que es necesario que se sancione una norma que prevea las formas, posibilidades y ámbitos en los cuales pueda tipificarse el acoso sexual y se establezcan mecanismos tendentes a proteger a las víctimas de estas formas de violencia y discriminación repudiadas por la sociedad.

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Relações de poder e violências: um estudo sobre a Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina

Texto integralEsta investigação objetiva compreender e problematizar as violências que transversalizam as relações de poder em três Diretorias que compõem a estrutura organizacional da Secretaria de Estado da Educação de santa Catarina – SED, de 2007 a 2010. A delimitação do período justifica-se em razão de 2007 ser o ano em que houve a última reforma administrativa empreendida pelo governo Luiz Henrique da Silveira, e que está atualmente em vigor, e, 2010, o ano em que encerrou a gestão do Secretário Paulo Bauer. A fundamentação teórica é apoiada principalmente nas contribuições de Michel Foucault, Ana Maria Borges de Sousa e Michel de Certeau. As fontes que constituem a base empírica são questionários, entrevistas, documentos oficiais e documentos de circulação interna da Secretaria de Educação. No primeiro capítulo, foram analisados os interesses e consequências decorrentes da inexistência de um quadro de pessoal na SED, a confusão em torno do papel do educador que atua neste espaço e as violências presentes na política de gratificações. No segundo capítulo a reflexão debruçou-se sobre as práticas que ornamentam o assédio moral, os limites e contradições da gestão praticada na SED, as violências que forjam o distanciamento entre os sujeitos que pensam as ações e aqueles que as executam, as condições de trabalho e a problemática em torno da descontinuidade das ações. Em síntese, a pesquisa apresenta elementos sobre a temática das relações de poder e das violências, entendendo-as como fenômenos complexos, multifacetados, ambíguos e paradoxais, que não se pode explicar através da lógica maniqueísta, sendo praticadas e sofridas por aqueles que constituem a SED. Nesse sentido, as manifestações de violências coexistem com um processo de pequenas revoluções expressas nas formas de organizar o trabalho, na conquista de espaços, na busca e na exigência de autonomia, no prazer de estar junto e na construção do conhecimento realizado na coletividade. Palavras-chave: Secretaria de Estado da Educação. Relações de Poder. Violências. Santa Catarina

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Representações na mídia impressa sobre o assédio moral no trabalho

Texto integralAquele chefe que já fez você chorar no banheiro pode ser mais prejudicial à sua saúde do que parece. Assim a mídia escrita principia, no Brasil, a abordagem do tema assédio moral. No amplo cardápio de situações de violência relacionadas ao trabalho, a violência psicológica ganhou visibilidade e interesse de pesquisadores e estudiosos, dos sindicatos, dos trabalhadores e das empresas. Realizamos um estudo exploratório baseado na coleta de fontes primárias referentes ao assédio moral no trabalho, no qual foram estudadas as matérias jornalísticas sobre o tema, veiculadas em três jornais de grande circulação do Estado de São Paulo, no período de 1990 a 2008. A partir da metodologia de análise do discurso foram reconhecidas as práticas discursivas que configuram o fenômeno do assédio moral na sociedade atual, as explicações para sua ocorrência e a repercussão para a saúde dos trabalhadores. O surgimento do tema nos veículos de comunicação deu-se por meio da divulgação de livros, de produções acadêmicas e de legislações sobre o assédio moral. Ocorreu em editorias que tratam de assuntos gerais e, posteriormente, migrou para as editorias de emprego e/ou de caráter econômico-financeiro. O tratamento do tema ganha contornos de alerta relacionado às indenizações judiciais. A terminologia assédio moral tem se firmado relacionada ao trabalho e carece de conceito preciso. As explicações causais tendem a uma interpretação psicológica do fenômeno, acentuando o caráter individualista e privilegiando a relação pessoal, minimizando uma abordagem coletiva. Os discursos banalizam o assédio ao criar caricaturas para os envolvidos. O caráter psicologizante versus a estigmatização produz sentido na sociedade contribuindo para naturalizar o assédio moral no trabalho, compreendido como uma forma de violência no trabalho.

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Assédio Moral nas Organizações: um comprometimento a saúde do trabalhador

RESUMO

BARBOSA, Tatiane Aristides. Assédio moral nas organizações: um comprometimento à saúde do trabalhador. Universidade Estácio de Sá. 2008. Este trabalho monográfico consiste em uma pesquisa bibliográfica que apresenta e discute o Assédio moral nas organizações, detendo-se sobre a relação entre este e a saúde do trabalhador. A pesquisa demonstra que as muitas organizações, em decorrência do modo de viver capitalista, tendem, de modo geral, a atuar de forma adversa sobre o trabalhador. Sobrecarga de trabalho, condições aviltantes de trabalho, desigualdades de salário, não-valorização profissional; constantes cobranças de metas; humilhações e constrangimentos são fatores recorrentes nas instituições e constituem a etiologia do Assédio moral. Como conseqüência o trabalhador pode ter a saúde severamente afetada. É o caso da Síndrome de Burn-out, conjunto de sintomas e sinais diretamente associados ao estresse promovido pelo ambiente de trabalho. Além disso, esta pesquisa monográfica pretende identificar diferentes questões que diferenciam os trabalhadores na suas relações trabalhistas, denunciando o perfil dos trabalhadores das organizações que são mais suscetíveis ao assédio moral. Mulheres, negros e trabalhadores terceirizados são alguns destes. Por fim, este trabalho traz importantes considerações sobre a prevenção e enfrentamento do assédio moral. Para isso apresenta e discute o papel e a importância do Serviço Social na prevenção e no combate do problema, como instância, sobretudo, de promoção da condição salutar do trabalhador. Palavras chave: Assédio Moral; Organizações; Saúde do Trabalhador; Síndrome de Burn-out; Serviço Social.

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Conduta anti-sindical: Exemplo recente das relações entre centrais elétricas do Pará e o Sindicato dos Urbanitários

Resumo

Este trabalho aborda o problema das condutas anti-sindicais, como a suspensão dos contratos de trabalho, o assédio moral, a conduta de descredenciamento da entidade sindical junto aos trabalhadores, as retiradas de conquistas no acordo coletivo de trabalho, exercidas pelos novos controladores da Celpa pós-privatização contra a direção do sindicato dos urbanitarios do Pará e também contra os trabalhadores da empresa. Na tentativa de compreender o processo de privatização ocorrido no país, traçamos um panorama da política neoliberal imposta ao povo brasileiro e a conseqüente demissão em massa ocorridas nessas empresas privatizadas. Enfatizamos que, no caso, a Celpa não fugiu à regra. Palavras-chave: privatização, neoliberalismo, conduta anti-sindical, liberdade, acordo coletivo de trabalho, assédio moral, demissões, sindicato, capitalismo.

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O papel da cultura organizacional “Milícia de Bravos” na ocorrência do assédio moral: um estudo na Polícia Militar da Bahia

Texto integralO Assédio Moral é um fenômeno que se manifesta no mundo do trabalho contemporâneo, apesar de sempre ter existido no universo das relações ocupacionais. Concebe-se através de atos sistêmicos, nocivos e repetitivos que atingem a moral do trabalhador e que podem trazer conseqüências a sua saúde. Este estudo analisou a ocorrência do Assédio Moral na Polícia Militar do Estado da Bahia – PMBA, e de suas principais conseqüências na Corporação. De forma específica, buscou-se identificar os fatores organizacionais de propensão ao assédio e associá-los a produção do desgaste psico-emocional. Trata-se de uma pesquisa descritiva tipo estudo de casos. Foi realizada num contexto de trabalho funcional público militar e desenvolvida em duas etapas interligadas. Na primeira etapa, foi realizado o levantamento de dados mediante a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental, o que proporcionou o estudo teórico e a descrição da Cultura Organizacional da Corporação. Na segunda etapa, optou-se pela abordagem empírica mediante o estudo de cinco casos ilustrativos de Assédio Moral ocorridos na PMBA, que foram selecionados a partir de um universo de cinqüenta casos junto a Corregedoria, a Auditoria Militar, a Justiça Comum e a Junta Militar de Saúde. Como critérios para seleção dos casos ilustrativos, foram considerados a repercussão interna, a intensidade dos distúrbios psico-emocionais, a disponibilidade de informações e as possibilidades de acesso aos envolvidos. Assim, foram analisadas peças e demais documentos processuais, além de entrevistas com os envolvidos. Os resultados apontaram que a Cultura Organizacional da Polícia Militar da Bahia, denominada historicamente de “Milícia de Bravos”, reúne elementos que podem constituir uma propensão para o Assédio Moral, tais como o caráter militar e funcional público, as condições inadequadas de trabalho, o desgaste psicoemocional e a inexistência de regulação, o que promove conseqüências negativas à sua rotina ocupacional. Finalmente, em face dos resultados e limites desta investigação, sugere-se a continuidade dos estudos para a sua ampliação.

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As diferentes formas de violência no trabalho e os males para a saúde do profissional de saúde

Texto integralA transformação atual do trabalho no Brasil iniciou-se nos anos sessenta, com evolução mais rápida na década de setenta e as subseqüentes, atingindo tanto o setor produtivo da industria de transformação como a área de serviço. A atividade médica, no Brasil, está enquadra na área de serviço. De acordo com o Conselho Federal de Medicina o número de médicos em atividade é de 316.126. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o setor saúde tem em torno de dois milhões de empregos, sendo 54% no setor publico e 46% no setor privado complementar. No nosso país o SUS (Sistema Único de Saúde), conforme determina constituição brasileira, o setor privado pode participar do sistema de saúde de forma complementar. Hoje, o setor complementar privado atende cerca de 40 milhões de usuários, enquanto o setor público é responsável pelos demais 130 milhões de habitantes. Setenta por cento dos médicos brasileiros se concentram na região sudeste do país, por coincidência são os quatros Estados mais desenvolvidos dos vinte e sete. Enquanto que o número de médicos por habitante na região Norte é 1039, na região Sudeste 398 médicos por habitante. O Sudeste tem excesso de médicos, enquanto outras regiões faltam médicos.

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Assédio moral no trabalho: repercussões sobre a saúde do trabalhador

Texto integralResumo
Objetivo: estabelecer os danos à saúde do trabalhador causados pelo assédio moral nas relações de trabalho.
Método: realização de revisão da literatura utilizando os trabalhos recentes sobre o tema.
Considerações finais: o assédio moral nas relações de trabalho é um fenômeno invisível, porém de conseqüências concretas à vida sociofamiliar e econômica do trabalhador vitimizado. O trabalhador assediado, em função da insatisfação laboral e baixa da auto-estima, torna-se fragilizado e fortemente susceptível aos agravos da sua saúde física e mental, gerando quadros preponderantemente de transtornos psicossomáticos. O psicoterrorismo laboral é algo prevenível ou neutralizável, dependendo, entre outros fatores, de mudanças comportamentais de liderança e humanização da organização do trabalho.

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Igualdade no trabalho: enfrentando os desafios

Texto integralAcompanhando o Relatório Global da OIT sobre os Direitos e Princípios Fundamentais no Trabalho Igualdade no Trabalho: enfrentando os desafios, este Suplemento Nacional apresenta os principais aspectos da situação no Brasil no que se refere à discriminação no trabalho, bem como alguns dos avanços na luta contra a discriminação no país e as ações da OIT sobre o tema. O Suplemento brasileiro faz parte do conjunto de informativos similares lançados nos países do Cone Sul simultâneamente ao Relatório.

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