Violência: pare e pense!
Quando demitiram os negros,
eu não era negro e não fiz nada. Quando demitiram os adoecidos e acidentados do trabalho eu não era adoecido do trabalho e porque iria defende-los? Quando demitiram as mulheres, Quando demitiram os mais velhos, Quando vieram contra meus colegas de trabalho, o assunto não me dizia respeito e nada fiz. Calado fiquei. Finalmente, quando vieram contra mim… Aquele que nunca sofreu qualquer tipo de violência Alguns até acham que a violência moral, as discriminações e o racismo não existem! E assim seguimos e fazemos todos os dias: Não dando atenção à dor do outro nos condenamos a sofrer em silêncio a nossa própria dor. tão normal quanto sofrido e solitário. E as injustiças são banalizadas. Quem sabe, aquelas frases ditas anteriormente poderiam ser reescritas assim? Quando vieram contra os negros, eu não era adoecido e fiquei em silencio. calado, também eu era contra os desempregados. Quando vieram contra os analfabetos, os favelados, os sem teto e os sem terra, não fiz nada e, em silencio, também eu era contra os favelados, os sem teto e sem terra. Quando vieram contra mim, ninguém me defendeu, usaram o silêncio e a indiferença para apoiar meus inimigos. Talvez uma lição a ser aprendida: Então, reflitam: de onde vem esse medo de ser diferente? Por que nos identificamos e até acreditamos nas tagarelices televisivas? Por que tanto medo? (Inspirado no filme: “Olhos azuis” de Jane Elliott) |
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M. Barreto |