Soltos, como pó!
Como operário eu era gente, era alguém.
Não vivia ao vento Já não era só eu, estava feliz. Tinha raízes, não era pó. Estava na fabrica, de macacão, crachá e com esperanças no peito. Mas a crise… a reestruturação… os setores que fecharam, No recomeçar da empresa, nossos sonhos incompreendidos. No silencio competitivo, somos humilhados, desqualificados. Meu peito, de tanto sofrimento é um laço, um nó.
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Julio Tavares |