Aprovada por unanimidade em assembléia no SINQUIM/SP
Encaminhada posteriormente ao 10º Congresso Estadual da Central Única dos Trabalhadores (CECUT) e aprovada novamente por unanimidade
No Brasil, em especial nos últimos anos, temos visto crescer de forma bastante acentuada novas formas de exploração e pressão no trabalho, uma delas e talvez a mais brutal é classificada internacionalmente como ASSÉDIO MORAL.
Entende-se como assedio moral a exposição de trabalhadores e trabalhadoras a situações vexatórias, constrangedoras e humilhantes criadas pelo empregador, suas gerências e chefias, durante o exercício da função laboral, caracterizando-se em uma atitude desumana, violenta e sem Ética nas relações de trabalho, visando desqualificar e desestabilizar emocionalmente a relação da vitima com a organização e o ambiente de trabalho, o que põe em risco não apenas a saúde mas também a própria vida, uma vez que as principais vítimas do assédio moral são os trabalhadores – homens e mulheres, os acometidos de doenças e os acidentados.
O Sindicato dos Químicos e Plásticos de São Paulo tem sido pioneiro em ações contra procedimentos como este nas empresas da categoria, estas ações estão ancoradas numa pesquisa realizada pelo Sindicato
O Sindicato também tem realizado negociações com o setor patronal para tratar do tema, tem buscado dar visibilidade externa através de sua assessora Drª Margarida Barreto, realizando seminários, palestras, oficinas, buscando sempre divulgar o tema junto a imprensa geral e também em espaço institucionais como o Fórum Social Mundial.
No entanto, sabemos que combater isoladamente esse tipo de procedimento patronal, ao nosso ver não é a forma mais adequada, uma vez que a prática do assédio moral se dá em todas as categorias afetando de forma terrível parte significativa da classe trabalhadora Brasileira.
É inadmissível que em pleno século XXI, trabalhadores e trabalhadoras sejam submetidos a esse tipo de pressão e humilhação no ambiente de trabalho.
Neste sentido é imperativo que a CUT tome para si mais essa bandeira de luta, realizando campanhas de esclarecimento aos sindicatos filiados e a sociedade contra mais essa forma de exploração a qual esta submetida a classe trabalhadora.
Sabemos que a nossa Central não está alheia a esse tipo de acontecimento, no entanto urge a necessidade de concretização de ações propositivas seja no campo legal ou político.
Um dos passos importantes a ser dado é reforçar a solidariedade de classe como forma de combate ao autoritarismo e a tirania patronal, objetivando não permitir que a insensibilidade humana e social destruam sonhos e esmaguem as esperanças de milhares de trabalhadores e trabalhadoras. A luta para tornar esta prática visível a sociedade deve ser um dos objetivos a ser alcançado, a fim de evitar que o trabalho seja marcado pela humilhação, sofrimento e o medo.
Outro passo importante a ser dado, vai no sentido de a CUT orientar todos os sindicatos filiados, para que busquem construir cláusulas a serem debatidas nas negociações e campanhas salariais/ reivindicatórias e consequentemente incorporadas nos acordos a serem firmados.
É com este objetivo que submeteremos a essa assembléia, a aprovação desta proposta a ser encaminhada ao 10º CECUT objetivando a inclusão de mais esta bandeira no plano de lutas da CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES – CUT.