Uma jornada de humilhações

Introdução ……….. 4

1.Saúde-doença e emoções: reflexões teóricas ……….. 13
1.1. Uma rápida abordagem histórica ……….. 13
1.2.Saúde enquanto virtude e simetria: corpo, alma e sociedade ……….. 15
1.3.Saúde como estado biológico afetado pelo social no seu equilíbrio ……….. 18
1.4 Saúde enquanto estado: físico, mental e social ……….. 20
1.5. Saúde enquanto processo biopsicosocial ……….. 23
1.6. A plasticidade das emoções na relação saúde-doença ……….. 24
1.7. Emoções: passado e presente ……….. 32

2. O trabalho ……….. 38
2.1. A expropriação da saúde no trabalho: o passado ……….. 38
2.2.O trabalho hoje: flexibilização e expropriação da saúde ……….. 41
2.3. Doentes, demitidos e desempregados ……….. 47
2.4. Nas Empresas: o agir médico e as práticas da “saúde perfeita” ……….. 53
2.5. As Empresas selecionam “trabalhadores sadios” ……….. 63

3. Procedimentos adotados ……….. 69
3.1. O local ……….. 69
3.2. O problema ……….. 71
3.3. As pessoas ……….. 73
3.4. Da arte de conversar ……….. 76
3.5. Análise dos dados ……….. 80

4. Anexo – Gráficos ……….. 83

5. Bibliografia ……….. 96

Assédio moral nas organizações: estudo de caso dos empregados demitidos e em litígio judicial trabalhista no Estado da Bahia

Texto integral

Resumo

A proposta deste trabalho é analisar o fenômeno conhecido como assédio moral com base nas teorias desenvolvidas por Hirigoyen (2001; 2002) e Barreto (2000), e a sua relação com casos de relatos sobre dano moral – diante da inexistência de julgamentos de causas trabalhistas sobre assédio moral nos Tribunais Regionais do Trabalho do Brasil, exceto o TRT-15ª Região e TRT-17ª Região – por empregados demitidos na Bahia por maus tratos, perseguições e humilhações no ambiente do trabalho, registrados como depoimentos nos acórdãos, atas e sentenças de processos judiciais trabalhistas do Tribunal Regional do Trabalho – 5ª Região. O termo assédio moral é recente no universo do trabalho, apesar de maus-tratos e humilhações serem praticados desde o inicio das relações trabalhistas, sendo intensificado nas atuais dias pela vulnerabilização a quem são submetidos os trabalhadores no contexto da globalização. Particularmente no Brasil, a herança cultural deixada pelo regime escravocrata tende a considerar o assédio moral como comportamento “normal” no cotidiano das organizações, dificultando as reações por partes das vítimas, bem como o seu reconhecimento pela Justiça do Trabalho.

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