Na quarta-feira, 7 de maio, o Sintrasef, junto com o Movimento Luta de Classes e a União da Juventude Rebelião, denunciou, durante a noite de reabertura do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), a prática de assédio moral contra os servidores públicos federais da casa. Os convidados que chegaram para a reabertura do museu foram surpreendidos com panfletos e falações que denunciavam o racismo, a discriminação e o fascismo com que a direção do órgão vem tratando os servidores. A resposta à manifestação foi imediata e já no dia 8, os servidores do Museu de Belas Artes receberam notificação da direção solicitando que todos os ofendidos relatassem os fatos para a comissão instaurada por processo administrativo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e incumbida de apurar denúncias de assédio moral no MNBA.
O inquérito foi uma reivindicação dos próprios servidores que, através do diretor de Políticas Públicas do Sintrasef, Vicente Oliveira do Carmo, denunciaram os maus tratos sofridos no local de trabalho ao presidente do IPHAN no dia 2 de abril, em Brasília. Paralelamente, o Sindicato está estudando a melhor forma para, na justiça, exigir a apuração dos fatos e a punição daqueles que, usando cargos de chefia, insistem em provocar constrangimentos aos trabalhadores. De acordo com Vicente “a luta não vai parar enquanto não cessarem os constrangimentos e os responsáveis pelo assédio moral aos servidores não forem punidos”.
Porém, o problema do assédio moral não se restringe apenas ao MNBA e o Sintrasef já recolhe denúncias de servidores de outros órgãos que vão engrossar o caldo da luta contra os desmandos dos patrões.